Sindmed diz que criança quase morre depois que PF afastou otorrino no Juruá

O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) divulgou nota nesta segunda-feira (14), por meio de sua assessoria de imprensa, na qual sustenta que uma criança de um ano quase morreu engasgada por falta de um otorrino no Hospital Regional do Juruá. O único especialista na área foi afastado de suas funções no início do mês, durante operação da Polícia Federal.  

De acordo com o texto, a ausência de otorrino no hospital obrigou a transferência do paciente para a capital, por meio do Tratamento Fora do Domicílio (TFD), no domingo (13). A criança acabou se engasgando com um osso de frango, e seu caso evoluiu para uma parada respiratória, diz a nota do Sindmed.

“Segundo os médicos, seria um caso tratado de forma simples pelo especialista, com um equipamento e o conhecimento do próprio otorrino, mas, com o impedimento, a população pode acabar desassistida, podendo resultar até em colapso da saúde. Especialistas da área de nefrologia, gastro e clínica já encerraram contrato com a Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau), com isso os pacientes dessas áreas devem ser enviados para Rio Branco ou correrão o risco de falecer”, acrescenta a nota.

Ainda de acordo com o texto, ‘nesta semana mais profissionais devem entregar os cargos e pedir desligamento do Hospital Geral do Juruá por temer prisões e por estar sendo impedidos de praticar a medicina’.

Entenda o caso

No começo deste mês, a Polícia Federal em Cruzeiro do Sul identificou trabalhadores da área de saúde que supostamente estariam acumulando trabalhos com horários incompatíveis. O resultado, segundo a PF, é que eles estariam deixando de prestar os serviços para os quais foram contratados.

Na ocasião, foram cumpridos 14 mandados de sequestro de bens, 1 de busca e apreensão e três medidas cautelares diversas da prisão em desfavor de um dos investigados. Os ativos financeiros bloqueados na ação perfazem o montante superior a R$ 3,2 milhões.

Foram sequestrados em Cruzeiro do Sul veículos, casas e demais bens adquiridos com dinheiro público obtido através de condutas supostamente criminosas, tais como estelionato contra a administração pública.

Em razão da atuação da PF, o diretor técnico do Hospital Regional do Juruá foi afastado de suas funções. Ele também está impedido de exercer quaisquer atividades no estabelecimento.

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