O Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC) instaurou um procedimento para apurar a possível prática de homofobia praticada pelo pastor mineiro André Valadão. Em culto nos Estados Unidos, Valadão declarou que se Deus pudesse “mataria” os LGBTQIA+ e que agora espera que eles façam o “trabalho sujo”.
O procurador-regional dos Direitos do Cidadão no Acre, Lucas Costa Almeida Dias, é o autor do procedimento que apura a prática de homotransfobia.
“Segundo vídeos apresentados em matérias jornalísticas, o investigado usou expressões como: ‘Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais’, afirma o pastor. ‘Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês’”, diz o MPF.
Entenda o caso
Neste domingo (2), durante a transmissão de live intitulada “teoria da conspiração” feita pela Igreja da Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, o pastor insinuou que evangélicos deveriam matar a população LGBT+.
“Não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós”.
Segundo Valadão, ao normalizar as relações homoafetivas e “deixar viver”, as pessoas estariam abrindo as portas da família para a promiscuidade e perversão.
“Hoje você vê nas paradas, homens e mulheres completamente nus, com suas genitais expostas dançando em frente de crianças. Aí você horroriza, mas essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal”, diz em trecho anterior.