A disputa de 2024 para a Prefeitura de Rio Branco promete ser disputada e trazer alianças inusitadas nas composições das chapas. O principal deles envolve o destino do PT, partido que teve a gestão da capital por 14 anos e hoje atua de forma quase inexpressiva, sem representantes no parlamento em Brasília, na Assembleia Legislativa e até mesmo na Câmara Municipal.

Rumores de que o ex-prefeito Marcus Alexandre possa se filiar ao MDB ou PSD vêm sendo ventilados pela mídia local. Mais recentemente, até mesmo uma aliança entre MDB e PT foi especulada, mas a informação foi negada pelo ex-deputado Flaviano Melo, presidente estadual do MDB.

Em entrevista dada ao jornalista Roberto Vaz, Flaviano afirmou que o partido não fará convites para alianças com Jorge Viana, principal nome do PT no estado. Ele também disse que acredita que mesmo que o fizesse, o petista provavelmente não aceitaria: “ele não vai querer entrar [na aliança] e nós não vamos convidar”.

Já a respeito de Marcus Alexandre, Flaviano não negou e afirmou que o partido é democrático e “conversa ao extremo”. O nome de petistas ou ex-membros da sigla, no entanto, sofre grande resistência por integrantes do MDB, com destaque para Emerson Jarude, João Marcos Luz e Mara Rocha.

No Acre, PT vem de uma série de derrotas nas urnas em eleições desde 2018. Naquele ano, Marcus Alexandre deixou a prefeitura para disputar o Governo, mas foi derrotado por Gladson Cameli (Progressistas) em primeiro turno. Ele tentaria novamente em 2022, dessa vez como vice de Jorge Viana, mas também foi derrotado em primeiro turno. A disputa ainda foi mais desastrosa pelo PT não ter conseguido eleger nenhum deputado estadual, nem federal onde apostava na reeleição de Léo de Brito. Também houve derrota no Senado.

Nas eleições de 2020, o partido tentou a disputa por Rio Branco com Daniel Zen, que ficou em quinto lugar com pouco mais de 7 mil votos.