No dia 8 de novembro de 1989, quando milhões de brasileiros estavam se preparando para votar no primeiro presidente da República desde a redemocratização, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé , revelou para jornalistas que trabalharia para concorrer à Presidência na eleição seguinte.
O maior jogador de futebol de todos os tempos nunca escondeu seu interesse em participar da discussão política do país. Em 1971, aposentou-se da seleção brasileira porque não queria que sua imagem fosse usada pelos militares durante o período da ditadura.
Anos depois, Pelé confessou que deixou de usar a amarelinha para boicotar o regime militar. Ele não estava satisfeito com os rumos do país e que defendia a necessidade dos brasileiros lutarem pela democracia. Não por acaso, na década de 1980, defendeu as Diretas Já.
O pensamento político do rei na década de 1970 chamou a atenção dos militares, que passaram a investigá-lo. O ex-jogador acusou os ditadores de tentarem jogar a opinião pública contra a imagem dele. Por isso o ex-atleta se manteve firme e nunca mais voltou a jogar pela seleção.
O interesse político do rei se confirmou em 1989, quando o Brasil vivia a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor, que se tornou presidente da República.
Em conversa com jornalistas, o ex-jogador deu entrevista para jornalistas e revelou ter ideias socialistas. Também explicou que trabalharia para criar um partido político e concorrer ao cargo de presidente em 1994.
“Se eu for candidato, vou procurar fazer um plano com antecedência e participar dos debates na TV”, contou para um repórter da Folha de S.Paulo.
Pelé não concorreu à Presidência, mas foi o 1° Ministro dos Esportes
Em 1994, Pelé não concorreu ao cargo de presidente da República, mas aceitou o convite de Fernando Henrique Cardoso para ser o primeiro Ministro dos Esportes.
No cargo, o rei criou uma lei em que o contrato do jogador de futebol com o clube se dissolve no final do contrato, revolucionando o esporte no Brasil. Também defendeu a maior participação de negros na política.
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Fonte: IG Política