Os médicos que trabalham para o governo do estado realizam uma paralisação de 12 horas na quinta-feira (25), e que pode se transformar em greve por tempo indeterminado caso não haja acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). A mobilização contará com a participação de outros oito sindicatos, entre o Sintesac, Spate, Sindifarma, Sindiconam, Sindicato dos Enfermeiros e Sinbiomed.
O movimento será realizado depois que o governo descumpriu os acordos fechados em junho deste ano, quando houve o compromisso endossado pelo governador de garantir os avanços para os trabalhadores, que acabaram não sendo atendidos, como a falta do anúncio de concurso público, o não pagamento de gratificações, a título de insalubridade, prometidas aos trabalhadores que atuam na linha de frente contra o coronavírus e sujeitos a riscos biológicos.
Segundo o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, ainda estão entre as demandas as reivindicações de melhoria das condições de trabalho nos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e a reforma do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração do estado.
“A busca é por avanços nas negociações e até o momento aguardamos a efetivação dos acordos já firmados, inclusive da pauta relacionada ao PCCR, que já deveria ter sido finalizado”, explicou o sindicalista.
Os servidores da saúde realizaram uma greve em junho depois de várias tentativas de negociação, chegando à formalização de um acordo, que incluía um cronograma de atendimento às pautas acordadas, mas o governo não o vem cumprindo, ocasionando reclamações de todas as categorias.
Paralisação
A paralisação será realizada a partir das 7h e poderá ser encerrada até às 19h; no entanto, caso não haja atendimento às reivindicações, as categorias poderão deflagrar greve por tempo indeterminado.
Atendimento preservado
Os médicos manterão os atendimentos de urgência e emergência, além do atendimento aos pacientes suspeitos ou confirmados para coronavírus (Covid-19), buscando garantir a preservação da vida e o cumprimento da legislação.